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O QUE É TERAPIA

COGNITIVO-COMPORTAMENTAL

   Na década de 60, uma nova modalidade psicoterapêutica foi desenvolvida nos Estados Unidos pelo psiquiatra Aaron Beck. Conforme pontua Judith Beck, esta era um tipo de psicoterapia mais estruturada, de modalidade breve, orientada para o presente, para a solução de problemas e para a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (que não tem uma adaptação adequada para o indivíduo atualmente). Esse tipo de terapia incorpora em sua epistemologia alguns princípios da teoria comportamental, como processos de aprendizagem, e do modelo da ciência cognitiva, como a maneira que processamos as informações.
   Se entendemos sua epistemologia, a proposta de tratamento empregada torna-se uma derivação lógica. Uma delas é aprender como nós filtramos as informações do ambiente - o que chamamos formalmente de vieses ou distorções - e a partir disso construímos nossas interpretações sobre os eventos. Imagine a seguinte situação. Duas pessoas saem em um dia ensolarado. Uma delas usa óculos escuros e a outra, não. A maneira como ambas filtrarão as informações ambientais será diferente. Em um ambiente claro, uma terá mais conforto visual e irá fazer menos esforço para enxergar. Se ambas entrarem em um lugar escuro, uma terá mais facilidade para enxergar que a outra. Essa metáfora simples ilustra como o filtro, ou a lente, que utilizamos para ver o ambiente molda a maneira como percebemos as coisas. Pessoas deprimidas, por exemplo, costumam usar um óculos muito escuro, o que dificulta enxergar o futuro e a si mesma positivamente. Todos nós temos essas lentes que aprendemos ao longo de nossas experiências. E você, qual óculos está usando?

Matheus Felix Ribeiro possui especialização em Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto de Psicologia e Controle do Stress (IPCS).   

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